viernes, 11 de julio de 2008

História e Estrutura

O Movimento Estudantil da Agronomia teve inicio há mais de 50 anos. A primeira organização estudantil ocorreu juntamente com os estudantes de medicina veterinária, onde foi criada em 1951 a União dos estudantes de Agronomia e veterinária do Brasil (UEAVB), durante o II Congresso dos Estudantes de Agronomia e Veterinária.
Essa organização durou somente até 1955, onde os estudantes de agronomia criaram sua própria organização. Em 1954 os Estudantes de Agronomia realizaram seu primeiro congresso, na época CBEA – Congresso Brasileiro de Estudantes de Agronomia. Durante o II CBEA foi criado o Diretório Central Dos Estudantes De Agronomia Do Brasil (DCEAB).

O DCEAB sofreu duros golpes durante o regime militar, onde a exemplo da União Nacional dos Estudantes (UNE) e outros Movimentos Sociais Populares, em 1968 caiu na clandestinidade, através do Ato Institucional número 5 (AI-5). Este decreto proibiu a reunião de pessoas para fins políticos. Ocorreu ainda, prisão de lideres estudantis e o roubo dos materiais de arquivos. As atividades dos Estudantes de Agronomia foram quase totalmente interrompidas entre os anos de 1968 e 1971.

Em 1972 realizou-se o 15° Congresso Nacional dos Estudantes de Agronomia – CONEA, em Santa Maria/ RS. Neste evento se retorna o Movimento a nível nacional, com a fundação da Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil – FEAB, que é até hoje, a entidade máxima dos Estudantes de Agronomia do Brasil, depois da UNE, representando em torno de 90 escolas de Agronomia, e tendo aproximadamente 30 mil estudantes.
Desde sua fundação a entidade é protagonista de inúmeras conquistas que asseguraram mudanças nos cursos de Agronomia; como o fim da Lei do Boi (cota de 50% de vagas para filhos de fazendeiros), o Currículo Mínimo Nacional, a Lei dos Agrotóxicos (receituário agronômico), a discussão diferenciada de Ciência e Tecnologia, a necessidade de modelos agrícolas alternativos ao da “revolução verde”, a proposta de Agroecologia entre outras, chegando a importantes momentos no seu processo histórico, pela aproximação com os movimentos sociais populares do campo, a campanha nacional de reflexão sobre os gêneros, a criação de uma entidade latino-americana que abrange as federações de cada país (CONCLAEEA –Confederação Caribenha e Latino-Americana de Entidades Estudantis de Agronomia), além da participação nas discussões específicas da Universidade e do Movimento Estudantil.
Dentre as principais atividades promovidas atualmente pela FEAB, estão o Encontro Regional de Agroecologia (ERA), Congresso Latino Americano e Caribenho de Entidades Estudantis de Agronomia (CLACEEA), Congresso Nacional dos Estudantes de Agronomia – CONEA e Estágios de Vivência em comunidades de pequenos produtores e assentamentos rurais, este último premiado pela UNESCO em 1992, como iniciativa de destaque da juventude da América Latina.

Atualmente a FEAB faz parte da Seção Brasil da Via Campesina, formada por Movimentos Sociais Populares Agrários; do Fórum em Defesa da Educação Pública e do Fórum Nacional de Executivas e Federações de Curso.


Estrutura organizacional:

A FEAB está estruturada através de uma Coordenação Nacional, oito Superintendências Regionais, sete Núcleos de Trabalho Permanente (NTP), conforme estatuto e mais de 63 Centros Acadêmicos em todo país.
A Coordenação Nacional e as Superintendências Regionais são renovadas a cada ano durante o Congresso Nacional dos Estudantes de Agronomia (CONEA), sendo assumidas pelas escolas que apresentam as melhores condições (políticas, de grupo, etc.).

A – Coordenação Nacional: possui uma coordenação, sendo que todos os Coordenadores devem ser da mesma escola.

B – Superintendências Regionais:
cada Superintendência Regional tem uma coordenação. Todos os Coordenadores de uma Superintendência Regional devem ser da mesma escola e representam determinadas Regiões Demográficas da seguinte maneira:
• Superintendência Regional I: escolas do Rio Grande do sul;
• Superintendência Regional II: escolas de Santa Catarina e Paraná;
• Superintendência Regional III: escolas de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo;
• Superintendência Regional IV: escolas do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal;
• Superintendência Regional V: escolas dos Estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte;
• Superintendência Regional VI: escolas dos Estados do Acre, Amazonas, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins;
• Superintendência Regional VII: escolas de São Paulo.
• Superintendência Regional VIII: escolas dos Estados de Alagoas, Bahia e Sergipe;

C – Núcleos de Trabalho Permanente (NTP): Os NTP constituem-se de órgãos consultivos e de elaboração sobre temas específicos, através de textos, questionários jornais, atividades, etc.. Foram criados durante o 32º CONEA (Mossoró/RN – 1989). Foram até hoje sediados cada um em uma escola, ocorrendo algumas mudanças de sede. São eles:

• Agroecologia;
• Arquivo e História do movimento Estudantil da Agronomia
• Ciência & Tecnologia;
• Educação;
• Juventude & Cultura;
• Movimentos Sociais;
• Relações Internacionais;
• Estudos Amazônicos.

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